Agora que sabes mais de mim
Não sei se por acaso ou por vontade
Palnta mais um cravo no jardim
E chora uma vez mais esta saudade
Odeia-me á vontade, trai lembranças
Deixei o nosso amor, mas não acabo
Sou isto a revolta de crianças
Nascidas do meu Deus e do Diabo
Sou povo angustiado e madrugada
Sou corpo masoquista em solidão
Sou sempre a nossa história inacabada
Sou o sangue por chegar ao coração
Ainda que procures no fim
Que esteja á minha frente sem saber
Agora que não sabes mais de mim
Talvez ainda esteja por nascer
do meu querido amigo e colega Carlos Leitão
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