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AMAR o que é afinal?

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Haverá amor como o primeiro?

A questão é pertinente e muitas vezes penso nela. Pergunto-me se é possível amar duas vezes, se é possível amar como da primeira vez. Pergunto-me se depois da primeira vez é mesmo amor ou se é apenas um gostar forte, uma paixão, um comodismo, uma vontade.

O primeiro amor deixa marcas para sempre. Se for mesmo amor. Eu não acredito em relações de meses, paixões assolapadas que acabam como começam, uniões ocasionais com sentimentos à mistura. Acredito em relações fortes, em sentimentos que não controlamos, no amor crú que nos impede de falar, de raciocinar, de saber estar. Não misturo o amor com paixão. O amor segue-se à paixão e cola-se à pele sem dela querer sair. E quando o queremos arrancar ele lá está... eventualmente, para sempre.

O segredo será aprender a viver com ele, com o primeiro amor que se nos cola ao corpo? Ou o novo amor, a nova relação, a nova união transforma esse primeiro sentimento numa sensação mais serena, mais capaz, melhor? Não sei...

O primeiro amor é infantil, ingénuo, colhe-nos a alma e circuncreve-nos os reflexos. O pensamento retrai-se e fica apenas um batimento acelerado, desprotegido, tão bom que chega a saciar. Quando acaba é arrasador, destrutivo, decepcionante. Mas acabará, de facto? Ou será que vivemos para sempre com ele? Poderá alguém livrar-nos de um primeiro amor?

Crescemos com ele, habituamo-nos a ele, vestimos-lhe a cor. O primeiro amor é assim como uma borboleta que nos poisa no braço e ficamos quietos com medo que fuja, não queremos assustá-la... Então, ela bate as asas devagar e prende-nos a respiração. Observamos-lhe a beleza e fixamos nela os nossos olhos para nunca mais a esquecermos. O primeiro amor voa quando mexemos o braço. Às vezes volta. Mas muitas vezes segue para longe e deixa-nos apenas o cheiro, a memória, o vazio.

Talvez não possamos viver agarrados a ele. Talvez não seja bom para nós tê-lo como exemplo para amores futuros, relações presentes. Talvez o primeiro amor seja apenas uma experiência para outros, uma forma de sabermos o que não podemos repetir, uma maneira de aprendermos a lidar connosco próprios. Ou talvez não seja nada disto. Talvez o primeiro amor seja eterno, talvez seja a base para tudo o resto, talvez se sente à nossa direita observando os amores que então passam...

Haverá amor como o primeiro? Eu não sei...

( Encontrei este texto tantas vezes publicado na internet, que não consigo encontrar o próprio autor. Desta feita o melhor, é ficar mesmo pelo anónimo).

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